domingo, 7 de fevereiro de 2010

Ouro Preto




Sempre é um prazer visitar Ouro Preto.
E a última vez que estive lá não foi diferente. Fui com a Mailys uma amiga da França que conheci em Buenos Aires na faculdade. Ela tinha chegado ao Rio com mais umas argentinas amigas, e me disse que gostaria de conhecer Minas. Claro, depois de ouvir muita propaganda positiva do meu estado querido. 
Eu sempre dou uma de lobbista de Minas Gerais.

Saímos de Juiz de Fora rumo à Viçosa de carona. Com plaquinha na mão, lá fomos nós pra saída do bairro Grama. Tá tá... seguir pela BR040 é melhor e mais perto, mas já estava acostumado a pedir carona por esses lados, e não estava muito afim de inovar.
E também porque aproveitaria a ida e visitaria um amigo de Viçosa, o Emílio.

Não é muito comum caminhões pararem nessa saída, mais carros mesmo. Mas dessa vez, atipicamente um caminhão parou. E lá fomos num caminhão do Bahamas.

O caminhão ia até Ponte Nova, mais perto ainda de Ouro Preto, a visita ao Emílio teve que esperar um pouco... Carona é carona né.

E o caminhoneiro super gente fina, viemos conversando bastante. Ele estava bem curioso no porque de uma francesa pedindo carona no Brasil... e na gente, que ficava falando espanhol o tempo todo. Expliquei que haviamos estudado juntos em Buenos Aires e que agora ela ia ficar um tempo por aqui no Brasil, e eu a estava levando para conhecer alguns lugares de Minas.
Conversamos muito do Lula (ele vai votar na Dilma!) e em viagens, e até o convenci a ir pra Bolívia nas férias dele. 

- Mas é barato mesmo esses países aí?
- É uai...
- Então eu vou então!

Em Ponte Nova, descemos no Bahamos, destino final do caminhão.
E lá fomos nós procurar a casa de uma amiga que estudou comigo em Viçosa, a Denise, DD ou DDzão. Já fiquei na casa dela uma vez lá, mas não fazia idéia onde ficava... Fui perguntar na praça se alguém conhecia a professora Marisa Godoy (a mãe dela, professora de quatro idiomas!). Não foi muito difícil, logo me indicaram direitinho onde era.

Foi um prazer ver a Denise de novo... Aproveitando que tinha internet lá, mandei uma mensagem pra um couchsurfer, o Celso, vendo se ele podia receber a gente lá. Mas até a noite ele não havia respondido. Estavamos sem casa e Ouro Preto. E indo pra lá do mesmo jeito. Parti do principio que certamente iriamos conhecer alguém no Barroco e desenrolar um pedido amistoso de abrigo...
A família dela é super gente boa, e os quatro cocker spaniel dela também. A mãe dela fez lanche pra gente, e colocou a Mailys pra dormir com um beijinho na testa... É, no fim das contas, decidimos ficar uma noite lá, já que já tinha escurecido.

Dia seguinte nem demoramos muito para conseguir carona, só tivemos que andar muito! Subimos e descemos um morrão até achar um quebra molas. Ahh lembra do Celso do couchsurfing? Então quando a gente tava indo pro ponto, ele liga pra gente! Super gente boa, falou que não tinha problema da gente ficar lá.
Tínhamos abrigo em Ouro Preto!

Fomos pro Barroco, meu bar preferido em Minas, e ficamos por lá esperando o Celso sair do trabalho... "Te encontro no Barroco" é o slogan do bar, e como goiabada com queijo, não poderia cair melhor.
Não chamo de casual, porque afinal, é o Barroco, mas lá encontrei com a Isabela, uma figura gente finíssima de Juiz de Fora, e ela e o Gabriel, amigo dela, foram uma das agradáveis companhias que tivemos nas nossas bebeções de pinga com mel e afins em Ouro Preto.

Afinal conhecemos o Celso, que apareceu por lá também. Super gente boa, camarada mesmo, e nos recebeu muito bem na casa dele.

Encontramos um grupo de franceses (loucos e insanos) lá também, cantando, gritando, e que parou o bar.
Eu gosto de gente assim. E lá fui eu gastar o meu pífio francês de livemocha e de filmes do Truffaut

Para a mademoiselle mais eufórica:
- le feu, sil vous plait.

 pra quê...
- PARLEZZZ FRANÇAIS?????
E começou a gritar e rir com os amigos dela, apontando pra mim... eu sem entender um nada. Definitivamente não falo francês.

Depois que descobriram que a gente tava com uma francesa também, ixi... melhores amigos.
Ganhamos muitas (muitas!) rodadas de caipirinha e depois ainda fomos depois pro terraço da casa do Celso (só os sobrevivente, alguns franceses cairam em combate, não é fácil acompanhar a gente!)... nos acabar com a pinga que eu tinha levado e umas cervejas que tinha lá.

No nosso último dia, encontramos com o Celso lá perto do trabalho dele e ele levou a gente até o ponto de carona. Na saída pra Lavras Novas. Fomos com um veterinário, Cristiano de Carvalho, a gata dela tinha parido, e ele tava levando os filhotinhos até Lafaiate, que nos mostrou um pouco da cidade (é tão pertim Lafaiete e eu não conhecia) e depois nos deixou na saída da cidade.

Não demorou 5 minutos parou um senhor que tava indo pra Leopoldina e nos deixou na estrada perto de Barbacena...

Alí fiquei um pouco preocupado porque era estrada, estrada mesmo, BRzona... não tinha nada perto, já estava meio tarde (em ouro preto haviamos ido pro ponto as 16h!) e eu comecei a cogitar a idéia de dormir por ali mesmo na varanda duma casa que parecia que não tinha ninguém...

Mas não demorou e parou um carro, um cara muito boca boa, que trabalha na usina de Angra...
Mal parou o carro e já foi falando...

- Agradece a mocinha aí porque eu nao ia parar não... deixar mulher na estrada é fogo... comigo nao tem disso não!
E com aquele sotaque carioca...

Fomos ouvindo os novos sambas enredos das escolas do Rio (o da União da Ilha, que ta voltando agora pro grupo especial tá muito massa), João Bosco e Toninho Horta Viemos falando de música boa, de viagens, e da filha dele (que é cobra criada nos computadores) de lá até Juiz de Fora, e a Mailys dormindo.

Ahh dessa viagem a Ouro Preto não da pra esquecer do Kênio... Kênio Maximiliano! Um guia gente boa que deu uma aula 0800 de história mineira e barroca na Igreja do Pilar e queria praticar o espanhol dele (que é perfeito). E nos explicou o curioso caso de Branquinha (Blanquita! espanhol... em espanhol...), uma cadela gigante (o cachorro mais grande de obeso que já vi) um tanto geniosa, que fala (??!) com as pessoas, e mora numa casa que fica com as portas abertas pra ela sair quando quiser e principalmente para ir à Igreja todo dia que tem missa.
Quando eu voltar lá ele vai me mostrar como funciona o garimpo na região, a paixão dele...

2 comentários:

  1. Kenio meu Esposo lindo e inteligente =D

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  2. Ele pediu pra agradecer pelo esclarecimento e confirmação sobre o que ele é capaz de transmitir.

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