Filtro solar e plaquinha de Vitória da Conquista em mãos.
Em uma hora parou uma carreta.
Cara tava indo pra Feira de Santana.
O Júnior Washington, baiano arretado que só a porra.
Aí que eu percebi que não fala baianês. O cara tinha que repetir três vezes, pra eu entender.
- rapaz tu é doido demais que só a porra. tu não tem medo não bichinho?
- nada cara... vou me arrumando aí. e a idéia é tentar chegar em recife antes do galo sair.
O galo. O famoso Galo da Madrugada.
- tá doido...
E ficou lá me chamando de doido a viagem toda. Falando naquele baianês que tava difícil de entender.
Mas já deu pra sacar o que ia me esperar até então, cada música mais doida que a outra. E um tal de Zezo foi tocando a viagem toda.
Logo na arrancada saindo de Valadares, o caminhão já mostrou que ia dar trabalho a viagem toda.
Parou na subida, e o Jr. teve que deixar ele voltar de ré, pra arrancar de novo.
- rapaaaaz. esse caminhão parece que vai dar a doida.
E deu mesmo. Em quase toda subida larga tivemos que voltar, pra arrancar de novo.
Ou subir de terceira, a 5km/h. Agilidade pura e total. Desse jeito ia chegar em Feira uns 3 dias depois.
Chegamos em Itaobim e o caminhão decidiu morrer de vez por ali. Falha no sistema do botão que precisa apertar pra marcha descer.
Solução, dormir por ali mesmo. E esperar para que a carreta reaja, no outro dia, pra gente tocar viagem.
Exibir mapa ampliado
Nenhum comentário:
Postar um comentário